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Conheça um pouco do estudo para a criação da ilustração “A cartomante”

A Cartomante foi a personagem escolhida para retratar o conto de mesmo nome, de autoria de Machado de Assis. Embora não tenha nome próprio na história, é a responsável pelo fim trágico de Camilo e Rita, que junto com Vilela, formam um triângulo amoroso.


Nesta ilustração utilizei a técnica de da monotipia. Altamente artesanal, a técnica exige vários processos para se obter o resultado final, que surge a partir de uma mancha de tinta e aproxima-se do do gesto da pintura, do traço, da linha.


Ao todo, são usadas duas camadas de papel, além da prensa e da tinta tipográfica. Nesta técnica, é possível obter apenas uma cópia e a imagem deve ser trabalhada sempre invertida.


Utilizei minha filha como modelo para a foto, que foi a primeira etapa antes dos primeiros traços do desenho. Na segunda etapa, todo o processo de pintura é feito utilizando giz pastel seco. Na ilustração, os tons terrosos da coloração foram escolhidos por retratar melhor a época em que se passa o conto.



No processo de estudo da técnica usada, tive como referência a obra do pintor e gravurista francês, Edgar Degas. O artista, que é conhecido por seus tons pastéis e sua ligação com o balé, foi um dos principais entusiastas da monotipia, técnica com a qual fez inúmeros estudos e experimentações.


Em 2016, o Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA) fez a exposição Edgar Degas: A Strange New Beauty, que além de apresentar 120 monotipias raras, 60 pinturas e alguns desenhos do artista, também detalhou a técnica mais usada pelo artista e seu processo de criação.


Esta ilustração fiz para o Projeto Travessias, que te convido a conhecê-lo acessando o perfil do @travessias_incontros no Instagram. Lá você pode saber um pouco mais sobre esse clube de assinatura literária incrível que, a cada mês, nos leva a imersões por novas trilhas culturais. Além de textos, a experiência é guiada também por meio de playlists, ilustrações e sugestões de vinhos.








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